segunda-feira, 31 de agosto de 2009

FUTURO

Pra onde foi a criatividade da infância e juventude?
Pra onde foram as cores, desenhos, fotos, músicas e idéias?
Fecho os olhos e me vejo caminhando sobre uma estradinha imaginária que se forma a cada passo, flutuando sobre o nada. Esta é meu futuro, se forma a cada passo que ando.

As vezes o clima do dia tem gosto de chiclete velho, aquele que já estamos mastigando a duas horas, já duro e sem sabor e difícil de aturar. Quero mesmo que isso tudo não passe de uma TPM porque estou chateada de não conseguir me empolgar.

Trabalho, universidade, internet e comida. Não posso reclamar. Mas tenho coisas demais e faço coisas de menos, estou precisando me movimentar de verdade. Talvez um trabalho social, uma doação de um pouco de mim sem aquela cara de "eu faço boas obras" mas algo espontâneo.

Não quero uma vida comum porque não sei ser muito comum. Já tentei mas eu penso demais e vejo que não faz sentido algum pra mim. Gosto de roupas, moda e coisas de garota/mulher mas preciso de mais do que isso pra sentir que estou vivendo. Mais do que todo fim de semana estar numa roda de conhecidos comendo. Há trabalho em minhas mãos, trabalho paralisado.

A arte que existe em mim e em muitos seres humanos não acredito que sirva para simples promoção pessoal mas pra ajudar e divertir uns aos outros. Para dar sabor a vida, pra aguçar as sensações, pra vermos poder de Deus!

Oh Deus! Me abre os olhos, me alerta e me desperta! Me tira mesmo da acomodação, me arranca pra me fazer viver! Anunciar a tua mensagem das mais diversas formas com minha voz e atos, como minha arte e meu silencio.

R.P.P

quarta-feira, 19 de agosto de 2009

influência e tradição

Quando eu era criança minha mãe fazia um mingau delicioso que eu até os 5 anos tomava de uma forma especial: na mamadeira. O momento do mingau era maravilhoso! Tanto que o dia que as coisas mudaram eu lembro até hoje. Em um bendito dia o mingau foi feito pra nós mas tinha algo diferente e repugnante: ele estava em um copo!

Nós choramos, esperniamos mas nossa mãe era irredutível: "vocês já estão muito grandes pra usar mamadeira!" Era o fim! Como não aceitamos o mingau no copo de vidro duro e desconfortável, impossível de nos permitir tomar deitadas na cama como de costume, fomos obrigadas a passar pra outro estágio: leite no copo! Outra confusão! "Leite?!! Negoço ruim, eca..."! Leite com chocolate, leite com café, leite frio, leite quente, leite puro, nenhuma das formas prestava, nada substituia o mingau na mamadeira. Mas éramos "forçadas" pra não ficar com os ossos fracos e quebrar o braço.

Com o tempo a hora do leite passou de confusão pra conformismo e hoje o leite virou um lazer quando acompanhado de chocolate em pó e gelado. Houve tempo em que tomava 3 vezes ao dia. O horror passou a paixão.

A tradição é semelhante a isso. Nascí em um lar onde conceitos tradicionais sobre Deus já estavam muito bem formados e solidificados assim como o costume com o mingau. (Não estou fazendo uma comparação absurda, pode continuar lendo). Fui ensinada de uma forma muito precisa sobre certas coisas como se Deus realmente desse valor aquilo que me ensinaram. Mas acredito que em torno de 30% ou mais do que aprendí foi muito mais tradição do que vontade de Deus.

As raízes da tradição me envolveram, mesmo eu que sempre me considerei uma pessoa de muita racionalidade. Na minha vida a rebeldia da adolescencia era manifestada de outra forma. Eu questionava o que eles me ensinavam como correto aos olhos de Deus como por exemplo: não ouvir/cantar músicas que não fossem falando de Deus e no rítimo que eles gostavam.

Mas a vida segue, os anos passam e mesmo que nossos pais não queiram eles perdem 89% do domínio sobre nós e 95% do domínio sobre o que pensamos. E andando com minhas pernas encontrei a verdade clara como o sol, como eu a tempos procurava e me assustei com ela. Assim como eu crescí e tive que encarar o copo e deixar a mamadeira, eu crescí e encarei a verdade pra deixar a tradição. Mas diferente do primeiro caso, eu busquei essa verdade. Deus me trouxe essa verdade. Algo simples, óbvio e chocante ao primeiro impacto: Jesus não combina com tradições, dogmas, superstições e religiosidade. Pude desenrolar de meus braços as raízes de tradição que me amarravam e me impediam de ser feliz como Deus queria.

MAs ainda hoje elas andam por perto, querendo me amarrar e vendar meus olhos. Tradições humanas, criações de homens que nos cegam, nos entristecem e nos afastam de Deus. Quem disse que Jesus só recebe um tipo de louvor, quem disse que você não pode se vestir como gosta, porque faz mal dançar e cantar até a energia acabar? Hoje eu estou começando a viver a liberdade equilibrada de Deus. E sei que o que mais importa, como dito no post passado é amar. Porque o amor não faz mal ao próximo muito menos a nós mesmos. Atitudes guiadas pelo amor de Deus e não por tradições são dignas, incondenáveis.

Hoje estou aprendendo a ver claramente onde se distingue a raiz de tradição e o real querer de Deus. E estou aprendendo mais e mais que liberdade é essa que Cristo me deu.

PAz.

R.P.P.

domingo, 9 de agosto de 2009

...quem ama é feliz

Boa coisa é ser simples e encontrar pessoas simples
Que tem um sorriso sincero pra dar
Que dão amor sem pedir nada em troca simplesmente porque desejam dar

Como é bom não ter besteira com nada
agradecer no muito e no pouco
estar perto de alguém que de sua boca só sai o bem

Como é bom não brigar, não contender
poder concordar, sorrir e amar sem se preocupar
como é bom saber que nas mentes dos nosso amigos não há espaço para pensamentos tolos

Porque o amor é assim, simples, atributo de Deus
por isso Ele não se agrada daquele que atiça contenda entre imãos
e nos ensinou que é no amor que se resume toda a lei

o amor nunca pensa só em si, não sente pena de si
porque é doar, não é barganhar
o amor e orgulho não dividem o mesmo lugar...
porq só um dos dois cabe no coração

amar é minha meta... porque afinal como lí uma vez
a medida certa de amar é
amar sem medidas...


R.P.P.

sexta-feira, 7 de agosto de 2009

Relativismo do Mal


Hoje a conversa dos que se consideram sóbrios e mente aberta é que conceitos sociais antes absolutos são na verdade relativos. Dentre estes conceitos estão o de 'bem' e 'mal'. O tão relativo mal no entanto se torna absolutamente mal quando se analisa do ponto de vista de um indivíduo afetado por um suposto mal. Um exemplo extremo disso: Morte.

Hoje em minha cidade 3 pessoas morreram. Certamente a morte foi algo absolutamente mal na visão dessas pessoas minutos antes de serem baleadas. Com estas mortes outras vidas foram afetadas, familiares, amigos. Para estes o que aconteceu é um mal também. Mas essas três pessoas estavam assaltando um supermercado de minha cidade dentro de um grupo de cinco assaltantes. Para a equipe da polícia e para as pessoas que presenciaram tudo, ao fim, a morte dessas pessoas foi boa, um alívio. Talvez para alguém da polícia motivo até para orgulhar-se.

O que reflito é que mesmo 'nós' que relativizamos o mal sabemos o identificar rapidamente quando ele vem nos afetar diretamente. O mal não é relativo. Usando um pouco de lógica quase somos convecidos de que ele é relativo sim. Mas será?

O mal traz uma sensação confundida com "prazer" para quem o prática, um sentimento camuflado de alegria e extremamente é egoísta. Quando uma criança desobedece ela sorrí, as vezes insiste sorrindo em fazer o que é errado como quando sorrí empurrando um coleguinha no chão. E quantas vezes a tristeza dos outros vira piada. A queda (dor), a pobreza, tudo vira piada. Eis o Mal.

Não há como fujir. Nós seres humanos somos puro sentimento, uma gama tão complexa. Sentimentos gerados por palavras, ações, interpretações que nossa mente faz de realidade. Sons, gestos, lugares, pessoas tudo meche com nossas sensações que não sabemos de onde vem nem para onde vão ao certo.

Não há como negar que há culturas diferentes de lugar pra lugar. Culturas, crenças, valores. Mas eu creio em um ser humano comum em muitas coisas, que independente da cultura sofre pelos mesmos motivos e se alegra pelos mesmos de uma forma muito natural.

O mal é o oposto do amor. O amor faz com que a gente se preocupe, reflita se nossa atitude vai afetar positiva ou negativamente aqueles que estão a nossa volta. Altruísmo. O mal gera em nós tudo o que não condiz com o amor. E no final quem se deixa vencer pelo mal é realmente abatido.

O pior de tudo é que o mal é fácil, já nasce impregnado em nós misturando-se como nossos sentimentos, confundindo os caminhos. Em uma sexta-feira como hoje, quantos não sairam guiados pelo mal pra fazer tudo o que não presta beber, prostituir-se, drogar-se, trair, brigar. Todos os dias os jornais estão cheios de relatos de ações e consequencias de ações de homens que se deixaram dominar pelo mal.

Mas quem é de Deus se chega a Deus para rejeitar o que é mal. E não há relativismo. A nossa conversa deve ser sim, sim! Não, não!

Para finalizar a passagem que me veio a mente. Porque este bem é o que há de melhor, e a paz que traz nada pode substituir:


Romanos 13

7 ¶ Portanto, dai a cada um o que deveis: a quem tributo, tributo; a quem imposto, imposto; a quem temor, temor; a quem honra, honra.
8 A ninguém devais coisa alguma, a não ser o amor com que vos ameis uns aos outros; porque quem ama aos outros cumpriu a lei.
9 Com efeito: Não adulterarás, não matarás, não furtarás, não darás falso testemunho, não cobiçarás; e se há algum outro mandamento, tudo nesta palavra se resume: Amarás ao teu próximo como a ti mesmo.
10 O amor não faz mal ao próximo. De sorte que o cumprimento da lei é o amor.
11 ¶ E isto digo, conhecendo o tempo, que já é hora de despertarmos do sono; porque a nossa salvação está agora mais perto de nós do que quando aceitamos a fé.
12 A noite é passada, e o dia é chegado. Rejeitemos, pois, as obras das trevas, e vistamo-nos das armas da luz.
13 Andemos honestamente, como de dia; não em glutonarias, nem em bebedeiras, nem em desonestidades, nem em dissoluções, nem em contendas e inveja.
14 Mas revesti-vos do Senhor Jesus Cristo, e não tenhais cuidado da carne em suas concupiscências.
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Mais Amor de Deus em nós! Paz!

R. P. P.